terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Nostalgia sorridente!


Lembranças que escrevo, diante de mim mesmo.Aquela infância inocente, malandra e atraente. Saudade de amigos que não vejo, pouco falo, mas continuam habitando meu imaginário. Hoje aproveitei para olhar pra traz e observar um filme que protagonizei. Fui criança e gostei. 
Como todo moleque comi terra, arrebentei a madeira pra ver o cupim, subi em arvore, cai de arvore, brinquei de esconde-esconde, beijei menina no esconderijo, joguei bolinha de gude, peguei a bola por estar perdendo e acabei com o jogo, quebrei dedo, ralei joelho, cai de costa no asfalto, chorei, fui pro hospital, voltei pra casa, passei férias na casa dos primos, segui formiga pra ver onde elas iam, misturei açúcar com sal e deixei na pratilheira, mijei na churrasqueira pra apagar o fogo, fiz xixi na garrafa de guarana e deixei na mesa da cantina, matei passarinho de estilingue, amarrei bombinha em rabo de gato, joguei ovo choco na cabeça de amigo aniversariante, contei com o ovo ainda no rabo da galinha, fiquei puto e enfiei o dedo no rabo dela, tive um papagaio, vários cachorros, tive catapora, corri de boi bravo, aprendi a pescar, andar de cavalo e nadar em cachoeira, peguei sapo e quis dar cigarro pra ele fumar, olhei pela fechadura e vi amiga tomando banho, tive namoradas sem elas saberem, beijei primas, fingi fugir de casa e apanhei, bravo voltei a fingir e voltei a apanhar, construí castelo de areia, peguei jacaré na praia, comi manga com leite e simulei passar mal, fiz da maça a boca da menina amada e do travesseiro a artista da TV, tive medo do brigão da turminha, tentei chupar cana e assoviar ao mesmo tempo, corri de costas pra ter mais de uma opção pra fugir, fiz coleção de tazzo, tomei banho de chuva, fui a missa só pra carimbar a carteirinha da catequese, peguei bicho de pé, armei arapuca no mato, tomei banho em poça de lama, fingi saber rezar a salve rainha na confissão pra poder passar na primeira comunhão, não mastiguei a hóstia com medo de sair sangue, deixei a piroca presa num gargalo de garrafa, me apaixonei pela professora, tirei o cavalo da chuva, pensei na morte da bezerra, fiquei triste pela bezerra, fui pra zona, não comi ninguém, depois fui de novo e tornei a ficar virgem, fui pra um baile na região e virei homem.
Saudades da infância, saudade!

Nenhum comentário: